isodos mercado de trabalho

Procura-se emprego para jovens e idosos

Estamos vivendo mais do que os nossos pais e avós viveram. Hoje, a expectativa média de vida da população brasileira, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 75 anos.

Isso quer dizer que estamos envelhecendo melhor e seremos mais produtivos do que as gerações anteriores. A expectativa de vida aumentou e, como consequência, boa parte da nossa população está envelhecendo. Nos últimos anos de 2005 a 2015 a população idosa brasileira passou de 9,8% para 14,3%.

Historicamente, a maior parte das pessoas produtivas e em pleno consumo no Brasil sempre foi jovem. Nem o mercado de trabalho e nem a oferta de produtos e serviços está adaptada para a mudança na nossa pirâmide etária.

Prova disso é que apesar dos brasileiros estarem envelhecendo com qualidade de vida e continuarem produtivos, apenas 1 em cada 4 idosos brasileiros está no mercado do trabalho.

A falta de compreensão de que a longevidade depois dos 50 anos no trabalho é positiva deixa profissionais altamente qualificados e experientes sendo subutilizados ou, na maioria das vezes, dispensados.

De outro lado, não são só os mais velhos que estão com dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Os jovens também somam a lista de desempregados, com o agravante de que também não continuaram os estudos formais ou buscando aperfeiçoamento. E não são poucos os jovens que estão nessa situação: eles somam mais de 11 milhões de brasileiros, com idades entre 15 e 29 anos.

A crise econômica ajudou a agravar as estatísticas, com o fechamento de postos de trabalho. A falta de perspectiva para essa parcela da população, que muitas vezes não possui experiência e qualificação, preocupa. Afinal, em breve, eles representarão boa parte da força de trabalho do país.

Apesar de as empresas mais diversas (colaboradores com faixas etárias, gênero, origem, crença, por exemplo) serem 11 vezes mais competitivas que as demais, isso não tem sido suficiente para incentivar os empregadores a absorverem tanto os mais jovens quantos os mais seniores. O desafio no mercado de trabalho no Brasil beira ao extremo: não empregamos os mais qualificados, mais experientes e os que querem aprender.

Faltava um incentivo e uma política pública para estimular a contratação desses dois grupos de trabalhadores. A iniciativa do governo federal, o programa Verde e Amarelo, veio em boa hora e promete resgatar profissionais experientes e jovens no mercado de trabalho.

A expectativa é que até 2022 sejam gerados cerca de 4,5 milhões de empregos, além do incentivo ao microcrédito.

Ao flexibilizar as regras de trabalho aos domingos e diminuir os custos para o empregador, em média uma redução de 30 a 34% para o empregador, o governo aposta que as companhias tenderão a contratar profissionais iniciantes e seniores.

Texto publicado originalmente na Gazeta do Povo:https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/verde-e-amarelo-procura-se-emprego-para-jovens-e-idosos/

 

Estamos vivendo mais do que os nossos pais e avós viveram. Hoje, a expectativa média de vida da população brasileira, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é de 75 anos.

Isso quer dizer que estamos envelhecendo melhor e seremos mais produtivos do que as gerações anteriores. A expectativa de vida aumentou e, como consequência, boa parte da nossa população está envelhecendo. Nos últimos anos de 2005 a 2015 a população idosa brasileira passou de 9,8% para 14,3%.

Historicamente, a maior parte das pessoas produtivas e em pleno consumo no Brasil sempre foi jovem. Nem o mercado de trabalho e nem a oferta de produtos e serviços está adaptada para a mudança na nossa pirâmide etária.

Prova disso é que apesar dos brasileiros estarem envelhecendo com qualidade de vida e continuarem produtivos, apenas 1 em cada 4 idosos brasileiros está no mercado do trabalho.

A falta de compreensão de que a longevidade depois dos 50 anos no trabalho é positiva deixa profissionais altamente qualificados e experientes sendo subutilizados ou, na maioria das vezes, dispensados.

De outro lado, não são só os mais velhos que estão com dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Os jovens também somam a lista de desempregados, com o agravante de que também não continuaram os estudos formais ou buscando aperfeiçoamento. E não são poucos os jovens que estão nessa situação: eles somam mais de 11 milhões de brasileiros, com idades entre 15 e 29 anos.

A crise econômica ajudou a agravar as estatísticas, com o fechamento de postos de trabalho. A falta de perspectiva para essa parcela da população, que muitas vezes não possui experiência e qualificação, preocupa. Afinal, em breve, eles representarão boa parte da força de trabalho do país.

Apesar de as empresas mais diversas (colaboradores com faixas etárias, gênero, origem, crença, por exemplo) serem 11 vezes mais competitivas que as demais, isso não tem sido suficiente para incentivar os empregadores a absorverem tanto os mais jovens quantos os mais seniores. O desafio no mercado de trabalho no Brasil beira ao extremo: não empregamos os mais qualificados, mais experientes e os que querem aprender.

Faltava um incentivo e uma política pública para estimular a contratação desses dois grupos de trabalhadores. A iniciativa do governo federal, o programa Verde e Amarelo, veio em boa hora e promete resgatar profissionais experientes e jovens no mercado de trabalho.

A expectativa é que até 2022 sejam gerados cerca de 4,5 milhões de empregos, além do incentivo ao microcrédito.

Ao flexibilizar as regras de trabalho aos domingos e diminuir os custos para o empregador, em média uma redução de 30 a 34% para o empregador, o governo aposta que as companhias tenderão a contratar profissionais iniciantes e seniores.

Texto publicado originalmente na Gazeta do Povo:https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/verde-e-amarelo-procura-se-emprego-para-jovens-e-idosos/

 

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