Por Mariciane Gemin, CEO da S7 Consulting
Fomos educados a não falar de alguns temas que são considerados polêmicos: política, religião e futebol, por exemplo.
Partindo desta lógica, evitamos abordar tópicos desconfortáveis em nossas vidas pessoais e, também, no trabalho. A consequência de não falarmos de assuntos que nos causam desconforto – muitas vezes, por falta de profundidade ou não sabermos a forma de abordar – é que continuamos pouco abertos ao novo, superficiais quanto às ações que precisam ser tomadas para um ambiente de trabalho diverso, criativo e inovador.
Muitas vezes, quando pensamos em diversidade no trabalho, tendemos a pensar em questões relacionadas a gênero e raça, quando o tema é muito mais amplo. É claro que há muito o que fazer pensando em gênero e raça, mas esse é apenas o começo.
Construir um ambiente diverso passa por um exercício de construir um time que traduza todas as possibilidades que nossa sociedade traz – cultura, gerações, orientação sexual, raça, neurodiversidade, pessoas portadoras de deficiência, origem e muito mais.
Você pode pensar: “Bom, aqui na minha companhia, nós temos a consciência de toda essa diversidade na sociedade. Já desenhamos um plano para contratar mais pessoas que representem essas minorias”.
Esse é um dos caminhos para tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo. Eu diria que é, muitas vezes, o passo mais comum para todas as companhias que estão iniciando esta jornada. No entanto, contratar mais pessoas que representem minorias é incluir, não é tornar diverso o ambiente.
Inclusão é quando uma empresa contrata pessoas que representam minorias em um ambiente de trabalho. Ela contrata, mas não garante ações estruturadas para que, a partir das diferenças e similaridades, aqueles colaboradores sejam respeitados, tenham espaço de fala e possam cocriar juntos.
Quando a gente pensa em retenção e em uma boa performance, é claro que precisamos partir de um ambiente que respeite as diferenças, nos aceite e acolha. É pouco provável que talentos permaneçam muito tempo em um ambiente em que não sejam acolhidos. Onde não há esforços estruturantes, formação e abertura para um ambiente que se transforme, não há diversidade.
Para que o ambiente seja diverso, o primeiro passo, é ter uma liderança que promova a diversidade. Liderar para a diversidade não é algo fácil, não é simples e requer muita coragem.
O líder que promove a diversidade precisará:
quebrar paradigmas – porque ainda são poucos os líderes que, de fato, acolhem e promovem a diversidade.
Trabalhar para compreender os seus vieses e para superá-los. Entendendo que o líder é um exemplo a ser seguido, quanto mais autoconhecimento, e disposição para trazer reflexões e provocações, mais fácil será o desenvolvimento das pessoas;
demonstrar muita coragem para uma postura nova e de segurança psicológica e para formar líderes inspiradores.
Por Mariciane Gemin, CEO da S7 Consulting
Fomos educados a não falar de alguns temas que são considerados polêmicos: política, religião e futebol, por exemplo.
Partindo desta lógica, evitamos abordar tópicos desconfortáveis em nossas vidas pessoais e, também, no trabalho. A consequência de não falarmos de assuntos que nos causam desconforto – muitas vezes, por falta de profundidade ou não sabermos a forma de abordar – é que continuamos pouco abertos ao novo, superficiais quanto às ações que precisam ser tomadas para um ambiente de trabalho diverso, criativo e inovador.
Muitas vezes, quando pensamos em diversidade no trabalho, tendemos a pensar em questões relacionadas a gênero e raça, quando o tema é muito mais amplo. É claro que há muito o que fazer pensando em gênero e raça, mas esse é apenas o começo.
Construir um ambiente diverso passa por um exercício de construir um time que traduza todas as possibilidades que nossa sociedade traz – cultura, gerações, orientação sexual, raça, neurodiversidade, pessoas portadoras de deficiência, origem e muito mais.
Você pode pensar: “Bom, aqui na minha companhia, nós temos a consciência de toda essa diversidade na sociedade. Já desenhamos um plano para contratar mais pessoas que representem essas minorias”.
Esse é um dos caminhos para tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo. Eu diria que é, muitas vezes, o passo mais comum para todas as companhias que estão iniciando esta jornada. No entanto, contratar mais pessoas que representem minorias é incluir, não é tornar diverso o ambiente.
Inclusão é quando uma empresa contrata pessoas que representam minorias em um ambiente de trabalho. Ela contrata, mas não garante ações estruturadas para que, a partir das diferenças e similaridades, aqueles colaboradores sejam respeitados, tenham espaço de fala e possam cocriar juntos.
Quando a gente pensa em retenção e em uma boa performance, é claro que precisamos partir de um ambiente que respeite as diferenças, nos aceite e acolha. É pouco provável que talentos permaneçam muito tempo em um ambiente em que não sejam acolhidos. Onde não há esforços estruturantes, formação e abertura para um ambiente que se transforme, não há diversidade.
Para que o ambiente seja diverso, o primeiro passo, é ter uma liderança que promova a diversidade. Liderar para a diversidade não é algo fácil, não é simples e requer muita coragem.
O líder que promove a diversidade precisará:
quebrar paradigmas – porque ainda são poucos os líderes que, de fato, acolhem e promovem a diversidade.
Trabalhar para compreender os seus vieses e para superá-los. Entendendo que o líder é um exemplo a ser seguido, quanto mais autoconhecimento, e disposição para trazer reflexões e provocações, mais fácil será o desenvolvimento das pessoas;
demonstrar muita coragem para uma postura nova e de segurança psicológica e para formar líderes inspiradores.